Gestão condominial: o que faz o bom e o mau síndico?
- Thaynara Elinanda G. P. Rodrigues
- 11 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 12 de abr. de 2023

Por Thaynara Elinanda
Quando se fala em gestão de condomínio, a primeira figura que vem em nossa mente é o síndico, pois ele é o responsável por exercer esse papel de administração. Além disso, o síndico é quem representará os interesses dos moradores. Por isso, é de suma importância que ele desempenhe suas funções com compromisso e responsabilidade.
E quais seriam essas funções? São diversas, mas destacamos, principalmente, as seguintes:
Ser o representante legal do condomínio;
Zelar pelo patrimônio e bom funcionamento do condomínio;
Cuidar de toda a segurança com o apoio de profissionais competentes;
Gerir as contas do condomínio, para mantê-las em dia;
Fiscalizar os pagamentos das taxas condominiais e evitar a inadimplência, sempre atuando em negociações;
Organizar reuniões e assembleias;
Ser o principal interlocutor entre os interesses dos moradores e os temas do condomínio;
Contratar prestadores de serviços;
Fiscalizar e coordenar funcionários;
Zelar pelo cumprimento da convenção do condomínio.
São muitas atribuições, não é mesmo? Por isso, é imprescindível que seja exercida por alguém capacitado, disposto a trabalhar pelo melhor interesse dos condôminos, moradores e do próprio condomínio em geral.
No entanto, sabemos que muitos síndicos eleitos acabam não desenvolvendo um bom trabalho e, por isso, explicaremos sobre a figura do bom e mau síndico. Assim, os condôminos ou moradores, saberão quais aspectos devem ser considerados no momento da eleição e durante o cumprimento do mandato. Se você é um síndico, saberá quais atitudes deverá adotar para desenvolver o seu trabalho com eficiência.
1. Quais as práticas de um mau síndico?
O mau síndico tem uma reputação negativa de “dono do condomínio”, pois ele acredita que ao assumir a posição de representante legal, somente a sua decisão é que deve ser considerada. Todavia, não funciona bem assim. O síndico deve zelar pelo cumprimento da convenção, pelo bom funcionamento do condomínio e jamais tomar atitudes precipitadas e irresponsáveis, tais como:
Negligenciar ou infringir as normas previstas na convenção do condomínio e regimento interno;
Ocultar informações e deixar de prestar contas aos moradores;
Proibir a entrada de visitantes;
Expor moradores inadimplentes;
Agir com parcialidade frente a conflitos entre moradores;
Usar o fundo de reserva indevidamente;
Tratar com desrespeito os funcionários, prestadores de serviços, moradores e visitantes;
Não comunicar as ações judiciais ou processos administrativos enfrentados pelo condomínio;
Executar obras por sua conta sem aprovação em assembleia;
Deixar de cumprir as obrigações do condomínio frente a terceiros;
Aplicar multas sem fundamentos;
O síndico ao manifestar seu interesse em exercer essa função precisa estar ciente que suas ações serão monitoradas pelos condôminos e moradores. Além disso, por ser o representante legal, ele poderá responder civil e até criminalmente por seus atos praticados durante a gestão.
Outrossim, apesar dos desafios enfrentados para exercer essa profissão, se o síndico seguir atentamente ao que a convenção prevê e ao que o condomínio anseia que seja feito em sua rotina, a sua gestão será eficiente. Assim como em toda profissão, é necessário possuir resiliência e comprometimento para superar os desafios.
2. Quais as práticas de um bom síndico?
Compartilhamos a seguir algumas medidas e ações que o síndico deverá desenvolver para entregar um trabalho completo e de qualidade, levando assim o título de um bom síndico:
Estudar a convenção do condomínio. É de suma importância que o síndico saiba quais são as normas, até porque ele será o guardião delas;
Ao assumir uma nova gestão, fazer uma reunião com o síndico anterior. Assim, o síndico ou até mesmo os moradores saberão quais atividades não puderam ser desenvolvidas, ou aquelas que deverão ter continuidade para serem concluídas;
Conhecer o condomínio. O síndico deverá saber sobre todas as questões estruturais, de segurança e conservação;
Conhecer os condôminos e moradores. É imprescindível que o síndico se relacione com as pessoas que ali vivem. Afinal, o condomínio é o lar delas;
Ter um cronograma de ações. Organização e planejamento são as chaves para a boa atuação de um síndico;
Acompanhar as novidades do mercado condominial. O bom síndico está sempre atento as melhorias que podem ser feitas no condomínio para agregar um ambiente de lazer ainda mais agradável;
Ter uma postura acessível. O síndico deverá ser alguém disponível e confiável;
Não praticar as ações do mau síndico!
Por fim, é muito importante exercer uma boa comunicação e relacionamento. E isso é uma habilidade que se aplica a todos: síndico, condôminos, moradores, prestadores, funcionários e até mesmo os visitantes.
Ademais, com ética, proatividade e democracia, a gestão do síndico será cada vez mais transparente, contando sempre com o apoio e participação de todos, resultando em um trabalho de excelência.
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